martes, 11 de diciembre de 2007

Vou-me

Nesses casi seis meses viajando estoy más segura para hablar del tema que me motiva todos los días: uma estrada. A tal da carretera que liga o Brasil ao Pacífico, mas que agora sei que esse subtítulo pouco a representa. Nada tiene que ver con mi película.
Descobri que o argumento do filme está em mim, e que não importa se essa estrada está no Peru, no Brasil, ou na Conchinchina. O enredo tem muito mais a ver com o meu deseo do que qualquer localização geográfica.
Não posso negar que os Andes e a Amazônia são partes essenciais da trama. Quando aponto a lente para a água que desce da montaña seca, a mais de 4.000 metros de altitude, e imagino que más abajo ela se transformará num pomposo río lleno de floresta em volta, comprendo mejor la orden natural del Universo. En la misma hora anoto no meu diarinho: es esa la sensación que quiero compartir.
Creo que siempre estarei buscando um canto do mundo que me faça sentir isso una vez más. Experimentar um lugar diferente do meu, de mim. Que chame e estimule aquele clique que passa batido na correria.
Quiero sacar mango da árvore de casa. Pasar toda la noche escuchando leyendas ao pé da fogueira en noche helada de sierra. Ou participar de fiestas bregas de pueblo chico, donde todos se conocen desde pequeño. Ouvir experiências de uma puta daquelas bem macaca véia e indagações de un niño descubriendo el mundo. Lembranças de quem caiu na estrada e apostou em uma nova vida. O quizas de quem se perdeu nelas.
Quero te propor que viaje comigo. Olvídate que durante un par de horas existe una tela! Tu vas a salir um pouco do seu casulo, pero verá además. Encontrará en el camino no solo historias que se cruzan por una vía. La imagen y el sonido te invitaran a reflexión: cada viajante sabe donde quiere llegar, mas no conoce todas las posibilidades que pueden surgir al longo del recorrido.
Quando imaginei o filme antes de viajar sabia que queria discutir os impactos socio-ambientais causados pelo asfaltamento de uma estrada - as suas vantagens e desvantagens -, mas não esperava encontrar um nativo que durante dias me contou sobre a luta dos indígenas contra os madeireiros, e depois assumiu que também saca madeira para sobreviver. Surgiu a contradição. Vi que não posso disecar o bem e o mal.
Vou tentar fazer a minha parte. Senti que o bicho tá pegando. Y que puedo hablar de temas mais casca grossa, como a urgência de políticas que frenan la destrucción de la Amazonía y que garantizan la protección de los pueblos indígenas en aislamiento voluntario, de una manera más sincera.
La pregunta que hago todos los días: Por que diabos quero fazer esse filme? Deve ser porque sempre quero sentar na janelinha. Para mirar por la ventana o que está afuera de mi. De preferencia com ela bién abierta, deixando que os novos ares penetrem forte em minha pele. Pode dar um zoom, Papi. Quiero mirar de cerca, en los ojos de las personas. Se que van a tener algo inusitado para me decir.
Creo que ahora entendi mejor o meu filme e a minha viagem. Vou-me ao Brasil.